Por meio do projeto de extensão da Universidade Federal do Paraná chamado Canteiro – que trabalha na interface entre corpo, arte e educação – ofereço nos dias 14, 16 e 18 de junho o curso Artemídia como Transcrição. Os três encontros se configuram como uma introdução aos elementos técnico-estéticos fundamentais para a criação de sistemas performativos com mídias eletrônico-digitais.
A cada vez maior pervasividade das mídias eletrônico-digitais em nosso cotidiano dispara transformações substanciais nos modos de vida, sobretudo reestruturando e gerando novas relações entre corpo e espaço. Neste sentido, faz-se essencial que o artista contemporâneo também possua um repertório mínimo que o habilite a refletir e elaborar possibilidades estéticas com as mídias disponíveis em seu tempo. Para além de posicionamentos ora passivos, pelo mero de consumo alienado de dispositivos, ora temerosos, pela desconhecimento do funcionamento das caixas-pretas, é possível lidar com as mídias eletrônico-digitais como objetos culturais resultantes da própria agência humana no mundo, inclusive em suas potencialidades criativas e analíticas.
Dias e horários: 14, 16 e 18 de junho de 2021
Material necessário: internet, computador pessoal com microfone integrado e Processing instalado (material de apoio enviado após conclusão da seleção)
Vagas: 12
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Conteúdo programático
encontro 1
> Fundamentos das práticas artísticas com mídias eletrônico-digitais
Apresentação de arcabouço técnico-conceitual que situa artistas e interessadas(os) nas possibilidades, potencialidades e limitações encontradas na criação de projetos artísticos baseados em mídias eletrônico-digitais. Entre os assuntos abordados estão as especificidades dos meios e da interação corpo-máquina, a noção de tradução de materialidades(transcriação), exemplos de trabalhos artísticos e artistas, bem como a introdução às ferramentas básicas (componentes eletrônicos, hardware e software) para se iniciar projetos na área.
encontro 2
> Sistematurgia e design de interação
A partir dos elementos apresentados no encontro anterior, os participantes são situados nos paradigmas sistêmicos e cibernéticos de criação, seguido de exercício prático associando som e imagem (alteração de imagem a partir de input de microfone usando Processing). A partir de um módulo funcional, os participantes são convidados a relacioná-lo a algum contexto performativo, elaborando, em grupo, um mini-projeto a ser apresentado e discutido no encontro seguinte.
encontro 3
> Trocas de proposições e análise coletiva
Apresentações dos mini-projetos e discussão acerca das relações entre técnica e estética à luz dos conceitos articulados nos encontros anteriores.
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